São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996
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Metas habitacionais de Maluf e Erundina não se concretizaram

FÁBIO SANCHEZ
VICTOR AGOSTINHO

FÁBIO SANCHEZ; VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito Paulo Maluf e a ex-prefeita Luiza Erundina (1989-92) gastaram com habitação em suas gestões o mesmo percentual do Orçamento do Município: 3%. Mas as prioridades foram totalmente diferentes. Rompendo com a tradição dos governos anteriores de "transferir" favelados para a periferia, Maluf escolheu projeto que melhora a qualidade das moradias, mantendo as pessoas no lugar onde estão vivendo.
Um levantamento feito pela Folha mostra, porém, que a parte da favela que continua atrás dos prédios do Projeto Cingapura está abandonada. A promessa da prefeitura de levar água, luz e esgoto para os barracos não está sendo cumprida.
Erundina, que experimentou construir prédios em duas favelas paulistanas, seguiu outro caminho. Embasou seu trabalho nos mutirões na periferia, a maioria deles construídos em terrenos que foram desapropriados. Fazendo um balanço dos resultados, conclui-se que a prefeita petista terminou apenas 12% das moradias que começaram a ser construídas no seu governo. Ficaram 10.391 esqueletos para a gestão seguinte.
Hoje, os programas de governo de Celso Pitta (PPB) e de Erundina (PT) se misturam. O candidato de Maluf defende a autoconstrução como um dos pontos a ser desenvolvido pelo próximo prefeito. A candidata petista afirma que não vai acabar com o Cingapura, mas continuá-lo no sistema de mutirão.
Págs. Esp. 6 a Esp. 9

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