São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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Cingapura tem o custo mais elevado
VICTOR AGOSTINHO
Enquanto no Cingapura o custo médio do m2 é R$ 369,07, no mutirão do Estado o valor cai para R$ 233,44. Os dois são ainda mais caros do que o m2 das casas construídas pelo sistema de mutirão na gestão da prefeita Luiza Erundina (PT), cujo preço atualizado seria de R$ 203,00. Diferença O secretário municipal da Habitação de Maluf, Lair Krahenbuhl, afirma que a diferença no preço do Cingapura é gerada pelas especificidades do projeto. Segundo Krahenbuhl, o Projeto Cingapura ergue prédios no meio de favelas habitadas, que geralmente ficam em lotes irregulares e com solo que precisa receber tratamento antes do início da construção. São terrenos da prefeitura localizados próximo a córregos e que, muitas vezes, eram usados por moradores como depósitos clandestinos de lixo. O secretário da Habitação argumenta ainda que o Projeto Cingapura envolve a urbanização do restante da favela, a montagem de moradias provisórias para abrigar os favelados durante a construção dos prédios e um padrão maior de acabamento dos apartamentos. "É natural que fique mais caro. Se eu tivesse que desenvolver projetos em terrenos limpos, sem barracos e sem ter que alojar a população durante a construção, o preço da unidade cairia bastante", afirma Krahenbuhl. Empreiteiras A prefeitura constrói os prédios no Cingapura contratando empreiteiras. Já o Estado usa a mão-de-obra dos futuros moradores para levantar casas e prédios. No caso dos prédios do Estado de São Paulo, o sistema é chamado de "misto-quente": as construtoras montam a estrutura pré-moldada e os moradores realizam o acabamento da obra. Outra diferença é que tanto os mutirões da ex-prefeita Luiza Erundina como os prédios construídos pelo governo do Estado são erguidos, ao contrário da prática no Projeto Cingapura, em terrenos que não têm favelas. Texto Anterior: Prédio do PT vive comércio Próximo Texto: Pepebista exagera números no programa Índice |
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