São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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Demi Moore incentiva strip das mulheres
ROGERIO SCHLEGEL
"Achei bonito e excitante. Vou tentar com meu marido, mas não sei se o corpo ajuda", afirmou a recepcionista Aparecida de Souza Cunha, 32, na saída do cinema. "Fiquei com vontade de fazer algo assim para meu namorado depois de ver o filme", disse Camila Camargo, 19. "É provocante." O namorado, o músico Marcelo Nunes, 18, aposta no sucesso da parceira "até com uma coreografia acrobática, como no filme". Nunes explica: ela é bailarina. Aprendizado "Qualquer mulher pode fazer striptease. Mesmo aquelas com mais de 60 anos", afirma Nelma Penteado, que mantém um curso no qual ensina as maneiras de tirar a roupa e lança um livro sobre o assunto no mês que vem. Aluna de Nelma, a comerciante Amélia Fernandes afirma que nunca havia se achado capaz de fazer um striptease. Mas fez, gostou e repete a dose. "Sempre tento produções diferentes, com chapéus, luvas..." A moda parece beneficiar os cursos. Malu Bailo, rainha do "strip interruptus", uma versão light em que a última peça nunca cai, cogita criar o seu, atendendo a pedidos que se tornaram mais frequentes. Os sexólogos aplaudem o efeito colateral do filme, no que se refere a animar a vida de casais atingidos por um certo tédio sexual. "Um filme não é capaz de criar um comportamento, mas pode permitir que uma vontade que já estava lá se materialize", explica a psicóloga Aparecida Vanini Favoreto, 37, do Instituto H. Ellis. Segundo ela, uma fita pode legitimar uma conduta ao mostrar que "não é pecado" e assim acabar com o sentimento de culpa. As curvas de Demi Moore, claro, repercutiram também nos homens. Boates de São Paulo que têm shows de striptease afirmam estar recebendo mais público. O Club de Paris, no centro, diz que o movimento cresceu 40%. LEIA MAIS da pág. 2 à 5 Próximo Texto: Filme aumenta movimento em boates Índice |
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