São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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DEPOIMENTO "O pior homem na cama é o que dá ordens. 'Faz isso, faz aquilo, vira pra lá, vira pra cá, agora de quatro...' Quando me acontece, quero me livrar imediatamente. Nesse caso é mais fácil, porque não tenho pena. Difícil é quando o cara é gente boa -tão boa, que não dá nem tesão. Aí fica aquela coisa enjoada, grudenta, que além de tudo não pode magoar -um horror. Em geral, jogo o passado na cama. Falo do último relacionamento, digo que preciso de um tempo sozinha, mas é arriscado. Tem chato que rende essa conversa ad infinitum. Quer resolver o problema e se inclui em todas as soluções. O mais prático, e seguro, é dizer que tenho de acordar cedo para levar minha filha à escola -é irrecorrível. De todo jeito, a partir do momento que me livro da situação, procuro passar uma esponja no passado. Tomo um banho (já cheguei a bochechar com cândida, para desinfetar) e apago tudo. Esqueço até o nome do sujeito. O pior é que quanto mais você esquece, mais é lembrada. Minha secretária vive cheia de recados inconvenientes. Isso porque eu rejeito com educação. Com estupidez, o cara gama. Que nem mulher... Daniela Mazzariol, 32, é separada e tem uma filha. Texto Anterior: Mulher quer que homem 'vire pizza' depois Próximo Texto: Mixar estampas agora é legal Índice |
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