São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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Vídeo de bebê distrai, mas não evita choro
LARISSA PURVINNI
Segundo a neuropediatra Silvia Miranda, da equipe médico-pedagógica que deu assessoria à produção do vídeo, bebês se sentem atraídos por rostos e por imagens de outras crianças. Silvia afirma que o vídeo não deve ser considerado uma "babá eletrônica". "Deve ser apenas um dos estímulos proporcionados à criança. A afetividade é fundamental." Mas as mães que esperam distrair o filho por muito tempo com a fita podem se decepcionar. O vídeo foi apresentado pela Folha a um grupo de bebês com idades entre 1 e 3 anos na escola Toquinho de Gente, na zona oeste de São Paulo. Nos primeiros dez minutos, os bebês fixaram as atenções nas imagens e bateram palmas acompanhando a música. Alguns apontavam a tela e repetiam: "Nenê". Com o tempo, a atenção se dispersou e os bebês passaram a dançar e a brincar uns com os outros, sem prestar atenção à TV. Duas crianças que choravam antes do início da sessão pararam de chorar e passaram a prestar atenção no vídeo. Outras três crianças começaram a chorar durante a exibição do "Calma Aí Neném". Para a coordenadora pedagógica da escola, Tania Narciso de Souza Mello, 44, crianças nessa faixa etária têm capacidade de se concentrar por muito pouco tempo. Ela diz acreditar que o efeito "calmante" do vídeo seja mais duradouro quando assistido por bebês individualmente. "Em grupo, um começa a cutucar o outro." Para ela, o vídeo entretém mais pela música que pelas imagens. O vídeo, distribuído pela Polygram, pode ser encontrado em lojas de discos e magazines e é indicado para crianças entre 3 meses e 2 anos. Texto Anterior: Família dos meninos vira foco de atenção Próximo Texto: Fita entretém criança calma, diz psicóloga Índice |
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