São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996
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Confeiteira em Fortaleza usa aparelho para atrair clientela

Encomendas de Ilda Gomes da Silva crescem 40% em seis meses

PAULO MOTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A confeiteira e copeira Ilda Gomes da Silva, 28, usa um telefone celular como principal instrumento de trabalho para receber uma média mensal de 900 encomendas de doces e salgadinhos de seus clientes.
Durante o dia, Silva trabalha servindo água e cafezinho para a empresa VIP, que presta serviço para repartições públicas do governo do Ceará. À noite, ela confecciona doces e salgadinhos em sua casa.
Alta de 40%
"Como moro sozinha, o celular foi o meio que encontrei para que os meus fregueses pudessem fazer suas encomendas a qualquer hora do dia", diz Silva, que costuma servir cafezinho nas repartições com um celular de lado.
Desde que Silva comprou o celular, há seis meses, as suas encomendas cresceram cerca de 40%, o que possibilitou a contratação, no mês passado, de uma auxiliar no serviço de confeitaria.
À vista
Recebendo mensalmente R$ 200,00 como copeira, Silva diz que fatura cerca de R$ 500 como confeiteira. "Só continuo como copeira porque é nas repartições que faço contatos com os clientes", diz Silva.
Silva diz que comprou o telefone celular à vista, pelo preço de tabela da Teleceará, com uma poupança feita no ano passado. Ela diz que usa o telefone basicamente para receber ligações. Diz também que não tem tido dificuldades de pagar os R$ 60, em média, da conta mensal do celular.
O telefone celular também tem sido um instrumento de trabalho fundamental para o serviço prestado pelos cerca de 2.500 moto-táxis (motos de aluguel) existentes em Fortaleza.
O moto-taxista Orlando Brandão de Oliveira, 32, diz que, como é muito caro instalar nas motos um serviço de rádio semelhante ao usado pelos táxis, o celular foi a alternativa encontrada para que os clientes usem o seu serviço.
Charme identificado
"Os moto-taxistas estão aderindo em massa ao celular. Basta o cliente ligar que a gente vai pegá-lo onde ele estiver. Além disso, circular com um celular ainda é o maior charme", diz Oliveira.

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