São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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Rei do ringue 'cumprimenta' mundo
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
"Só na América poderia existir um Don King", diz o empresário, que se considera a personificação viva do sonho americano e um "homem do mundo". Nascido na periferia de Cleveland, o empresário de Mike Tyson costuma realizar eventos que superam a casa de US$ 300 milhões. Em entrevista à Folha, por telefone e por fax, King conta o início de sua carreira no boxe, propõe mudanças nas regras do esporte e analisa o futuro de Tyson. * Folha - Como foi sua entrada no mundo do boxe? Don King - Comecei organizando lutas de bairro, eventos de pouca importância até. O trabalho de um empresário só se consolida a partir dos contatos que você faz... Minha carreira deve muito ao Muhammad Ali. Pedi para ele fazer uma luta beneficente para um hospital de Cleveland que estava fechando por falta de fundos. Ali aceitou, comecei a empresariá-lo e fomos progredindo juntos. Folha - Qual foi o contato mais importante que você fez? King - São vários. Você tem que se relacionar com a elite do boxe, dirigentes, promotores, lutadores, técnicos, de um lado, e patrocinadores, meios de comunicação etc., de outro... E eu me relaciono bem com todos, presidentes, políticos, artistas... Sou um homem do mundo. Folha - O boxe é um esporte contestado, há muito falatório sobre resultados fabricados... King - Falatório, falatório... Se você lida com promotores sérios, conhecidos no mercado, esse tipo de coisa não acontece. Há dez anos investigaram tudo o que podiam a meu respeito e viram que comigo não há esse tipo de coisa. LEIA MAIS sobre o empresário Don King às págs. 4-8 e 4-9 Próximo Texto: Corinthians vive com os sinais trocados Índice |
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