São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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Don King quer incorporar o vale-tudo
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A Don King Productions desenvolve um estudo sobre a viabilidade de organizar o torneio. Apesar de dizer que "neste exato momento" não pretende promover o esporte, King admite entrar no ramo em 97. "Estou onde o público quer", disse. Conhecido nos EUA como Ultimate Fighting, o vale-tudo reúne atletas de diferentes estilos de luta, que se enfrentam num combate quase sem regras. Só não vale morder e enfiar os dedos nos olhos e na boca do adversário. "O Ultimate Fighting virou moda nos EUA, está dando boa audiência no pay-per-view", comentou Don King. Pelo pay-per-view, o telespectador paga US$ 50,00 para ter o direito de receber as imagens. Segundo os atuais organizadores, a competição chega a atrair cerca de 500 mil assinaturas. Os brasileiros Lutadores brasileiros são conhecidos como "feras" do esporte. Se a Don King Productions, empresa do promotor, decidir entrar no mercado do vale-tudo deverá correr atrás deles. O carioca Royce Gracie foi o vencedor das duas primeiras edições, voltando a vencer na quarta. O também carioca Marco Ruas foi o campeão da sétima. Fábio Gurgel, que nasceu no Rio, mas está radicado em São Paulo, participou da última competição, disputada em setembro, foi eliminado nas primeiras rodadas. King está atento para o desempenho dos brasileiros. "Têm um estilo próprio de lutar, fazem muito sucesso", comentou. Para Gurgel, a entrada de King no torneio deve torná-lo mais atraente. "As bolsas tenderiam a subir", declarou. Atualmente, o ganhador do Vale Tudo leva US$ 50 mil. "Para nós, lutadores, é interessante a profissionalização do esporte", disse Ruas, que lutará em São Paulo contra o russo Oleg Taktarov em novembro. "Eu mesmo já me mudei para os EUA." (JCA) Texto Anterior: Don King Próximo Texto: Promotor gera polêmica Índice |
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