São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996
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Aumento de preço ameaça o seguro-fiança

RODRIGO AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O seguro-fiança, que surgiu como uma solução para o mercado de locação, registrou aumento de cerca de 37% nos últimos meses e começa a ser abandonado por empresas do setor.
Na Vila Velha, que continua a oferecer o produto, a alíquota com cobertura completa passou de 80% para 110%. A culpa é do aumento da inadimplência no aluguel.
Na linguagem do setor, cresceu a sinistralidade desse tipo de produto. Em outras palavras, as chances de as empresas terem de desembolsar o dinheiro para o proprietário do imóvel é cada vez maior.
A idéia do seguro-fiança é simples. Ele substitui a tradicional figura do fiador, ou seja, da pessoa que vai restituir ao proprietário do imóvel os prejuízos que este tiver no caso de o inquilino deixar de cumprir seus compromissos.
Nesse caso, quem vai pagar pelos prejuízos é a empresa ou pool de empresas responsável pelo seguro -que, depois, vai tentar recuperar o dinheiro junto ao inquilino.
Ou seja, o proprietário do imóvel só tem vantagens, já que não corre o risco de ficar sem o rendimento do aluguel.
Ônus
Para o inquilino, é vantagem quando ele não consegue um fiador que cumpra os requisitos exigidos pelo locador.
Outro fator apontado como positivo para o inquilino é evitar o constrangimento de pedir um favor para uma outra pessoa.
Mas o inquilino também arca com todo o ônus da operação. É ele quem paga o prêmio do seguro, que está cada vez mais caro.
Há quatro anos, quando começou a se tornar frequente no mercado, a alíquota do seguro-fiança correspondia a 67% do valor do aluguel mais encargos do imóvel.
Os principais encargos são o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e as taxas de condomínio. Hoje, a alíquota já alcança 110%.

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