São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996
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Clarity pára de franquear e passa a ser distribuidora

PRISCILA LAMBERT
DA REPORTAGEM LOCAL

Mudanças no processo de distribuição dos produtos da Clarity -lojas de cosméticos da modelo e empresária Luma de Oliveira- têm causado revolta em um grupo de franqueados, que estão entrando na Justiça contra a rede.
A empresa, com 24 franqueados no Brasil, está deixando o sistema de franquias para iniciar o processo de distribuição porta a porta. Para isso, está procurando distribuidores em todo o país.
Para Marcos Montenegro, um dos advogados que está cuidando da causa para dez franqueados do Rio de Janeiro, transformar a rede em um sistema de vendas diretas é um desrespeito ao sistema de franchising.
"O franqueado investiu um bom dinheiro para poder ter exclusividade nos produtos da marca. Agora vai enfrentar uma concorrência desleal com vendedores que oferecem os produtos nas casas."
Segundo ele, os franqueados querem ser indenizados pelos contratos de cinco anos que foram fechados com a Clarity.
A Folha apurou que, em Recife, duas sócias de uma franquia estão em litígio com a empresa. Elas estão pedindo uma indenização pela compra de dois quiosques e duas lojas -que seriam inauguradas.
Agora querem abandonar a rede e montar outro negócio.
"Os franqueados podem optar por serem distribuidores e têm prioridade na escolha do território. Ou podem continuar com suas franquias. A loja passará a ser um showroom dos nossos produtos", afirma.
Ele diz que, com a loja, o franqueado não terá de pagar comissões para vendedores, ficando com o lucro integral das vendas.
Montenegro rebate essa versão afirmando que o movimento das lojas deve cair bruscamente, já que o consumidor terá o conforto de comprar em sua própria casa. "A loja perde o sentido de existir."
(PL)

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