São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
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Campanha defende programa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A pouco mais de dois meses da extinção do Proer, o programa de socorro aos bancos, o Banco Central lançou uma campanha publicitária em defesa dos incentivos oficiais às fusões bancárias.
A campanha, que custará R$ 10 milhões, argumenta que o programa foi necessário para evitar uma crise bancária.
O Proer acabará em dezembro deste ano e, em 11 meses de existência, foi uma das iniciativas mais polêmicas do atual governo. O presidente do BC, Gustavo Loyola, foi convocado pelo menos quatro vezes ao Congresso para esclarecer os detalhes do programa.
Até agora foram liberados R$ 13,9 bilhões para viabilizar a venda de seis bancos com problemas financeiros para outros interessados em comprá-los. Os juros do Proer são subsidiados.
"Remédio"
"Proer. Este remédio evitou que milhões de brasileiros sofressem de crise bancária", diz o anúncio publicado em jornais e revistas.
A campanha afirma que "graças ao Proer, milhões de clientes do Nacional, Banorte, Mercantil de Pernambuco e Econômico não perderam suas economias".
Até hoje o BC não informou como o Banco Nacional usou, por dez anos, contas de ex-clientes para maquiar seu balanço. O rombo no banco chegou a R$ 7,5 bilhões.
No momento, o BC estuda mudanças na legislação que trata da participação de bancos em instituições não-financeiras.

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