São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Governo dá 'extra' de 25% a quem se demitir
VIVALDO DE SOUSA
O PDV faz parte de um pacote de medidas anunciado na última sexta-feira e que será lançado em novembro. A expectativa do governo é obter a adesão de 30 mil pessoas, principalmente no Rio de Janeiro. Dados do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado mostram que 22% dos servidores federais estão no Rio e 8,8% em Brasília. Eles terão um prazo de 30 dias para aderir ao programa. Os servidores que têm mais tempo de trabalho terão incentivos maiores para pedir demissão porque estão próximos da aposentadoria. O objetivo do programa é reduzir as despesas com pessoal. A proposta, ainda em elaboração, prevê que quem tem entre 1 e 14 anos de serviço terá um ano de salário para cada ano trabalhado. Entre 15 e 24 anos, o prêmio será de um salário e meio por ano. No caso dos servidores com tempo de trabalho acima de 25 anos, será concedido 1,8 salário para cada ano trabalhado. O governo estuda ainda a manutenção de assistência médica por um período. A secretária-executiva do ministério, Cláudia Costin, diz que não haverá regra especial para incentivar demissões no Rio, mas espera que a adesão lá seja maior devido ao grande número de servidores. O PDV deve gerar uma economia anual de R$ 420 milhões. O programa será opcional, mas não incluirá todos os servidores federais. Devem ficar de fora auditores fiscais e procuradores do INSS. Transferência O governo adiou para março de 97 a transferência de servidores públicos para os Estados ou órgãos onde há falta de servidores. A idéia original era que essa medida fosse adotada antes do PDV. Dessa forma, a transferência poderia ser mais um mecanismo para forçar os servidores a aderirem ao programa de demissão voluntária. Ficou para o próximo ano devido às eleições municipais. O pacote traz ainda medidas que afetam os servidores que prestaram concurso público e retornaram à ativa depois de terem pedido aposentadoria no cargo anterior. Costin disse que muitos servidores do Legislativo e do Judiciário estão nessa situação e terão de optar pela remuneração do cargo e não da aposentadoria, enquanto permanecerem na ativa. Texto Anterior: 'Seleção artificial do sexo estimula os preconceitos' Próximo Texto: Governador do Amazonas apóia divisão Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |