São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996 |
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Autonomia chega às empresas
FERNANDO ROSSETTI
Uma das mais significativas é a introdução de "um tipo de organização do trabalho que, através da autonomia crescente dos trabalhadores diretos e de escritório, pode responder com eficiência e eficácia aos requisitos de flexibilidade e demais exigências do mercado", afirma Roberto Marx em sua tese (leia Sumário). A dissertação apresenta estudos segundo os quais das mil maiores empresas dos EUA 46% utilizam-se dos chamados "times autogeridos"; na França, 39% das indústrias têm grupos multidisciplinares por projetos. Marx desenvolve sua pesquisa a partir do conceito de trabalho em grupo em duas modalidades: grupos enriquecidos e grupos semi-autônomos. "Ambos podem ser considerados alternativas à abordagem clássica, de inspiração fordista-taylorista, centrada no posto de trabalho", afirma. Com esses conceitos, ele avaliou o grau de autonomia em grupos de trabalho de seis empresas brasileiras (duas montadoras, duas de autopeças e duas químicas). Autonomia é a "capacidade de um grupo/indivíduo projetar, decidir e implementar alterações de ritmo, métodos, alocação interna e controle das atividades de produção". A pesquisa levantou resultados bastante diferenciados de uma empresa para outra, mas traz uma boa análise dos prós e contras desse tipo de iniciativa empresarial. "A justificativa para a adoção de ambas as modalidades de grupos é a melhoria da competitividade, tendo relação direta com a redução dos custos e aumento da flexibilidade operacional", diz. (FR) Texto Anterior: Priorizar sem excluir Próximo Texto: 'Tentam me linchar', afirma anestesista Índice |
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