São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Produtos para casa têm mais reclamações
DA REPORTAGEM LOCAL As chances de ocorrerem problemas quando são feitas pequenas reformas em casa estão aumentando. Segundo o Procon, cresceu o número de queixas contra fornecedores de tapetes, carpetes, persianas e papel de parede.No primeiro semestre deste ano, a entidade recebeu 1.634 reclamações. No ano passado inteiro foram 1.271. Os principais problemas dizem respeito a atrasos no prazo de entrega, defeitos nos produtos e entrega de produtos diferentes dos que foram pedidos. Para a supervisora de produtos do Procon, Rosana Nelsen, 32, o aumento das reclamações ocorre por dois motivos: 1º) o mercado está crescendo; 2º) o consumidor está ficando mais exigente. "A gente percebe que todos os produtos estão tendo mais reclamações. Isso está acontecendo há algum tempo." O número total de atendimentos feitos pelo Procon em São Paulo projeta um pequeno crescimento de reclamações este ano. Em 1995 foram 290.601 atendimentos, enquanto que, de janeiro a julho deste ano, foram 151.897 (alimentação, saúde, habitação, produtos, serviços e finanças). Longa espera O aposentado Danúbio de Souza, 60, entrou no rol dos reclamantes depois de cansar de esperar a colocação das persianas que comprou na Piso Max. Em junho desse ano ele pagou R$ 670 à vista pelo carpete e persianas que trocou numa reforma em seu apartamento. Com o carpete não teve problema, mas as persianas não foram entregues até a última sexta-feira. "Fiz umas 50 ligações para a empresa, sempre marcam para outro dia e nunca entregam", reclama Souza. "É uma sacanagem o que estão fazendo", diz Souza. Ele resolveu não esperar mais e comprou outras persianas, que estão para ser colocadas. "Agora, se receber as outras jogo tudo fora." Encharcado O problema da professora Maria de Lourdes Nunes Guerra, 50, foi com a Sedacrew, empresa em que comprou revestimento de quartzo para as paredes externas de um prédio com quatro apartamentos. Segundo ela, a empresa entregou o material e não aplicou o produto, conforme o combinado. A compra, de R$ 5.600, aconteceu em setembro de 1995. Ela diz que funcionários da empresa resolveram o problema em junho deste ano. O produto não pode ser posto em época de chuva. "Fizeram só uma parte e malfeita. Os funcionários disseram que não recebiam salário. Agora, o material está arrebentando. Além disso, eles quebraram uma telhas e um apartamento encheu de água." Texto Anterior: Registro vai cadastrar famílias Próximo Texto: Evolução das reclamações Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |