São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
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Mulher afirma que agressores prometiam bater até matar

Segundo corretora de imóveis, espancamento durou 5 minutos

DA FT

A corretora de imóveis Noelma Maranhão Rocha, mulher do contador Washington Luís Poplade, disse que o espancamento de seu marido durou cerca de cinco minutos.
"Eles batiam e chutavam sem parar. Eu implorava para que eles parassem, mas eles diziam que só iriam parar depois que meu marido estivesse morto. Fui tentar impedir a briga, mas quase fui agredida. Meu marido me empurrou para que eles não me batessem", afirmou Noelma.
Segundo ela, quando Poplade caiu no chão, os agressores começaram a espancá-lo com mais violência. "Não havia como meu marido se defender. Chamei a polícia pelo celular, mas já era tarde demais", disse.
Justiça
Noelma Rocha afirmou querer que os agressores sejam condenados. "Não quero vingança, e sim justiça. Gente assim não merece ficar solta por aí. É até perigoso."
A filha do casal, Bárbara, 9, não sabia da morte do pai até as 16h. "Não sei como vou contar para ela", disse a mãe. "Bárbara era muito apegada ao pai e não sei se ela vai suportar. Olha o presente de Dia das Crianças que minha filha vai ter."
Segundo Noelma, ela e o marido estavam voltando de uma festa na casa mãe dela, quando a briga aconteceu.
Assis Henrique Rocha, cunhado de Poplade, disse que o contador era uma pessoa tranquila e avessa a brigas.
"A família só espera justiça. Eles podem repetir isso com outras pessoas", afirmou Rocha.

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