São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
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Consumidor lota as lojas na última hora

DANIELA FERNANDES
FÁTIMA FERNANDES

DANIELA FERNANDES; FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Comércio fatura 5% mais do que no ano passado; produtos de até R$ 30 foram os mais procurados

Boa parte dos consumidores deixou para a última hora a compra de brinquedos para o Dia da Criança.
Na sexta-feira e no sábado, as vendas surpreenderam. Os produtos mais procurados foram na faixa de R$ 10 a R$ 30. A forma de pagamento mais utilizada foi o parcelamento em até quatro vezes.
A previsão inicial dos lojistas era a de faturar, no país, R$ 240 milhões -o mesmo valor de 95. Com a corrida ao comércio nos últimos dois dias, as vendas aumentaram 5% com relação às de 1995.
Resultados
A informação é de Carlos Eduardo Cimermam, presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Brinquedos (Abreb).
Para ele, o resultado é excepcional por causa da queda do consumo nos últimos meses.
"O grande movimento foi na sexta. Algumas lojas fecharam à meia-noite." O aumento foi maior em termos de unidades vendidas -crescimento de até 40% com relação às vendas do ano passado.
Algumas redes chegaram a comemorar no sábado o crescimento de até 25% no faturamento (na comparação com o ano passado).
A D.B. Brinquedos, por exemplo, uma das maiores redes de São Paulo, informa que as vendas para o Dia da Criança cresceram 20%.
"Os preços estão mais baixos e o consumo maior", diz Eduardo Armando, diretor comercial da D.B.
A Lojas Americanas estima que seu faturamento neste ano foi 20% maior do que o do ano passado, informa Luiz Henrique Escobar, do departamento comercial.
Na Ri Happy, a previsão era de venda até 7% maior do que à de 95.
Seguranças
Ricardo Sayon, proprietário, conta que na sexta-feira seguranças tiveram que controlar a entrada dos clientes por causa do grande movimento.
Para a PB Kids, o faturamento com o Dia da Criança deste ano cresceu 15%. Na sexta-feira, o movimento na rede de lojas foi seis vezes maior do que nos outros dias da semana.
A Preçolândia também não tem do que reclamar. Arab Zakka, diretor, diz que o faturamento das suas três lojas cresceu 5%. Em unidades, o aumento foi de 15%. José Fernandes, proprietário da Atlântida, loja do shopping Aricanduva, informa que conseguiu faturar 25% mais neste ano.
Na Preço Center, a expectativa até a manhã de sábado era a de vender o mesmo do que em 1995.
A B. Mart, outra loja do shopping Aricanduva, informa que a venda estava dentro do esperado e que o movimento melhorou a partir de quinta-feira.
"Desovamos bem o estoque", diz Roberto Douglas, gerente. Os brinquedos populares, conta, foram os mais procurados.

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