São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996 |
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AC/DC eletrifica platéia desinformada em apresentação no Pacaembu
RICARDO FELTRIN
Se o vestidinho preto é indefectível num show do Skank, a camiseta preta era o símbolo máximo dos "fiéis" do AC/DC. Fiéis, mas desinformados. A reportagem perguntou para 20 jovens que usavam camiseta da banda qual o significado do nome AC/DC e 16 responderam "antes de Cristo, depois de Cristo. AC/DC é a sigla, em inglês, para "corrente alternada, corrente direta". A banda eletrificou o público. O guitarrista Angus Young babou, correu, retorceu-se, jogou-se no chão, esfregou-se na guitarra e errou muitas notas durante os seus repetitivos solos. O "mar" de fiéis não se importava. Ou talvez não percebesse, tal o volume de som que escapava das guitarras de Angus e Malcolm e da garganta do vocalista Brian Johnson. O primeiro fã, portador do ingresso número 00001, chegou ao estádio do Pacaembu na tarde de sexta-feira. No sábado, por volta das 11h, o "pioneiro" estava dormindo em frente ao portão do Pacaembu. Não foi possível acordá-lo. O cirurgião plástico Reynaldo Sá Rocha, 46, e seu irmão Roberto, 44, saíram de Limeira para levar os filhos ao show. Também chacoalharam a cabeça. Reynaldo diz que costuma ouvir fitas da banda no carro. Texto Anterior: Iannis Xenakis arquiteta melodias em "Ittidra" Próximo Texto: Acid e polêmica marcam segunda noite Índice |
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