São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Árabes boicotam Netanyahu

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os países árabes vão boicotar Israel até a retirada de Hebron, disse ontem a imprensa israelense.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, afirmou no sábado que se recusa a encontrar o premiê Binyamin Netanyahu até a questão de Hebron ser resolvida. "A situação ainda está complicada. Não há compromisso israelense com aquilo que já foi acertado", disse.
Os países árabes passaram a tratar o ex-premiê Shimon Peres e o presidente de Israel, Ezer Weizman, como interlocutores privilegiados, como reação às dificuldades impostas por Binyamin Netanyahu. Weizman se encontra com Mubarak no Egito hoje. Peres vai na semana que vem -quando Weizman visita a Jordânia.
Entre a imprensa árabe, o clima é hostil a Netanyahu. "Um homem tão tolo é louco o suficiente para tomar uma decisão importante que poderia explodir e destruir toda a região", escreveu em um artigo Ameed al Khouli, diretor do "Al Thaura", jornal oficial sírio.
Jornais egípcios descrevem Netanyahu como "estúpido", "arrogante" ou "mentiroso".
Também na imprensa israelense há hostilidade contra o governo. Ontem, o "Yediot Ahronot" disse que o boicote dos países árabes se deve à falta de resultados da reunião de cúpula de Washington entre Arafat e Netanyahu.
Os jornais publicaram manifesto de 33 militares da reserva que se dizem com moral baixo e alertam Netanyahu que não lutarão em uma próxima guerra.

Texto Anterior: Peres diz que entregaria Hebron, se eleito
Próximo Texto: Oposição curda a Saddam toma cidade-chave
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.