São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
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Brasil com rumo

ÉLCIO ÁLVARES

Em 20 meses de governo o presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu imprimir mudanças indiscutíveis na vida do povo brasileiro.
Ao mesmo tempo em que reduziu drasticamente a inflação, restaurou a credibilidade da moeda. O real facilitou principalmente a vida do assalariado de baixa renda. O programa Brasil em Ação, o chamado Plano de Metas, vai reduzir as disparidades sociais e regionais. São investimentos básicos para o desenvolvimento, que visam gerar crescimento e mais empregos. E a melhoria das condições de vida da população brasileira.
É devido à estabilidade econômica conquistada pelo governo que se pode determinar as mudanças que o país experimenta com sucesso. O ambiente é favorável ao investimento privado nacional e estrangeiro. A abertura econômica gera ganhos de competitividade.
O Programa Nacional de Desestatização é uma necessidade do presente. Vai permitir ao Estado executar políticas sociais eficientes. A educação, em todos os níveis, se constitui em um dos objetivos fundamentais do governo e está sendo prestada com êxito.
O governo tem ainda ganhos importantes nas áreas de saúde e agricultura. Até 1998, serão assentadas 180 mil famílias pelo Incra.
Ao anunciar suas metas para os próximos anos, o governo Fernando Henrique mostra que o Brasil tem rumo. O presidente reconhece que, ainda que se consiga privatizar todas as companhias estatais, o setor público permanecerá com enormes responsabilidades, que precisam ser bem gerenciadas para produzirem melhores resultados.
Há uma série de projetos importantes no país, relacionados no Plano de Metas, que podem desencadear uma onda de investimentos privados que vão gerar renda e emprego. Com bom gerenciamento se conseguirá, na prática, multiplicar a capacidade de investimento do governo, mesmo com as limitações orçamentárias.
As metas contidas no plano são vitais para Estados e municípios, pois vão reativar o desenvolvimento regional e nacional. São obras que permitirão a modernização dos portos nacionais, a construção de ferrovias e hidrovias, recuperação e pavimentação de dezenas de rodovias, combate à mortalidade infantil, gasoduto Bolívia-Brasil, rodovia do Mercosul, reforma agrária, interligação do sistema elétrico e de telecomunicações.
O Brasil em Ação também vai melhorar as condições de moradia de 230 mil famílias de baixa renda, em especial as que habitam áreas de risco de enchentes e desabamentos.
Cria o Pró-Saneamento, que vai estender as redes de água para atendimento de quase 1 milhão de famílias até 1998. O Habitar-Brasil, para atender 250 mil famílias com habitação, e o Pronaf, que vai oferecer crédito e condições de produção e comercialização a pequenos agricultores em 1.125 municípios brasileiros.
O Plano de Metas também combaterá a desnutrição. Vai distribuir alimentos a 7,7 milhões de crianças e mães, sem prejuízo dos outros programas do governo nessa área.
Na saúde, ações de saneamento básico estão previstas para até 1998. Com os Estados e municípios, o governo vai reduzir à metade a mortalidade infantil. E reformar, completar ou ampliar 329 unidades de saúde, entre hospitais, pronto-socorros e Santas Casas.
Estava na hora de o país ter metas permanentes de desenvolvimento. O plano é um conjunto de ações que revelam o esforço do governo em continuar operando mudanças para promover o crescimento sustentável, gerar empregos em quantidade compatível com a expansão da força de trabalho e reduzir as disparidades sociais e regionais. O plano visa a construção nacional e mostra que o Brasil tem rumo.

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