São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Costureira aprova fim de cargo
PAULO MOTA
"Desde 86 peço para me transferirem para outro setor porque as condições são inadequadas. Paguei todos os meus pecados trabalhando nas condições em que trabalho", disse. Ela é uma das oito funcionárias da alfaiataria do HWC (Hospital Walter Cantídio), da UFC. Zenaide costura roupas e lençóis usados por pacientes, médicos e funcionários. No serviço há 20 anos, Zenaide recebe um salário básico de R$ 166,40, que, somado às gratificações, sobe para um rendimento líquido de R$ 325,65. Devido à exposição a roupas usadas por doentes e à poeira, Zenaide diz ter doenças de pele e problemas respiratórios. "Trabalhar aqui é um inferno. O barulho e o calor das caldeiras da lavanderia deixam todos estressados. O adicional por insalubridade (R$ 16,64) não dá nem para comprar remédios." A direção do HWC estima que a terceirização da alfaiataria aumentará as despesas do hospital. Devido à falta de recursos, o HWC fechou suas portas por um mês, em maio passado. Texto Anterior: Açougueiro de AL prevê desemprego Próximo Texto: Senado só debate mudança após 2º turno das eleições Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |