São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 1996
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'Grand Prix' está vivo

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Não importa se Graham Hill está morto e enterrado e se, agora, quem pontifica é seu filho, Damon Hill. "Grand Prix" (TNT, 14h10) continua um show para fãs do automobilismo.
A rigor, também não importa se os carros mudaram completamente, se a televisão mostra corridas de Fórmula-1 todo fim-de-semana, ou se a temporada mostrada no filme é fictícia.
Até pelo contrário, o fato de ser ficção ajuda a transmitir uma emoção que as corridas -tal como vistas na TV- não possuem.
Falsos ou não, os bastidores das competições criam um entorno que leva a entender melhor o modo de vida dos corredores e participar de suas angústias e decisões.
Mas a principal razão da sobrevivência de "Grand Prix" ainda é a filmagem das corridas. Toda a tecnologia da TV, com câmeras instaladas no interior dos automóveis etc., ainda não foi capaz de reproduzir o tipo de sensação de estar num carro desses, com a intensidade que se pode ver no filme.
No mais, "Grand Prix" possui um aspecto documental a não negligenciar. Os célebres dias do "automobilismo romântico", isto é, em que sentimentos amadorísticos ainda prevaleciam sobre o estrito profissionalismo, estão lá.
Inútil dizer que, no aspecto cinema, o profissionalismo é integral. Até por ser um merchandising da Honda -que nos anos 80 se impôs, afinal, como a triunfante máquina nipônica que o filme anuncia.
(IA)

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