São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996
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PPB exige comandar debate da reeleição

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PPB não se conforma com o papel de coadjuvante no debate sobre a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao mesmo tempo em que confirmava ontem a participação no debate, o terceiro maior partido da Câmara passou a pleitear a presidência da comissão especial da reeleição.
"Seria justo", investiu o presidente do PPB, senador Esperidião Amin (SC), após a reunião da Executiva Nacional do partido. Ele alega que o PPB é peça "indispensável" ao início formal dos debates e, por isso, teria direito ao cargo.
O nome cogitado, dentro do PPB, para a presidência é o do deputado Prisco Viana (BA). A lembrança de seu nome mostra que o PPB não pretende facilitar a vida do governo no debate da questão.
O Planalto o considera um deputado de oposição. Quando relatou a reforma administrativa na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, em setembro de 95, Viana apontou oito inconstitucionalidades e oito erros jurídicos no texto.
O presidente da comissão será eleito pelos 30 integrantes da comissão especial da reeleição. Tradicionalmente, PFL e PMDB -os maiores partidos da Casa- se revezam no comando das comissões.
Dessa vez, o PFL reivindica a relatoria da comissão para o deputado José Múcio (PE). Por isso, a presidência caberia ao PMDB, que tem na comissão o mesmo número de representantes do PPB (seis).
Os representantes pepebistas serão indicados até o próximo dia 29, mas só vão definir seus votos após a Convenção Nacional do PPB, marcada para 4 de dezembro. Essa decisão adia o cronograma inicialmente fixado pelo governo para a votação da emenda.
"Adotamos uma solução mineira", disse Amin, que defendeu o adiamento da convenção (e uma definição sobre a reeleição).

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