São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996
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Documentário dá três visões sobre Brasília

MURILO GABRIELLI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Radicada há dez anos na Europa, a diretora brasileira Maria Augusta Ramos voltou ao país natal para realizar seu terceiro filme (segundo longa-metragem): "Brasília, um Dia em Fevereiro".
A personagem principal do documentário -trabalho de graduação produzido pela Academia de Cinema da Holanda- é a cidade onde nasceu e estudou a cineasta.
Rodado em três semanas, mostra um dia na vida de três tipos da capital: uma mulher de diplomata, uma estudante universitária e um vendedor ambulante de espelhos.
Eles ajudam a contar Brasília, levando a câmera a lugares representativos das várias facetas da cidade. Influenciada pelo cinema de ficção, a diretora não gosta do uso de entrevistas em seus documentários.
A idéia inicial, segundo Maria Augusta, era a escalação de três mulheres. "Mas a empregada doméstica desistiu antes do início, por timidez."
O encontro casual com o mascate acabou se mostrando uma feliz coincidência.
Além de preencher a lacuna de uma necessária personagem de classe baixa, ajudou a gerar, com seus espelhos, "imagens fascinantes dos edifícios de Brasília".
Apesar da formação musical -estudou a disciplina em Brasília, Paris e Londres-, Maria Augusta não coloca trilhas sonoras em seus filmes. A música aparece apenas incidentalmente, provinda do ambienta onde se realiza a filmagem.

Filme: Brasília, um Dia em Fevereiro
Produção: Holanda, 1996, 71 min.
Direção: Maria Augusta Ramos

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