São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996 |
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Téchiné realiza o seu conto das duas estações
CECÍLIA SAYAD
Em "Os Ladrões", ela interpreta Juliette, uma jovem que faz a ligação entre vários personagens e várias tramas. É amante do policial que investiga um assalto do qual ela participa com uma gangue (Daniel Auteuil), do líder dessa gangue e, para completar, de sua professora de filosofia (Catherine Deneuve). Côte falou exclusivamente à Folha por telefone, de Paris. * Folha - Sua personagem sofreu muitas transformações durante as filmagens? Côte - Ela ganhou uma importância maior do que o previsto no início do projeto. O roteiro foi escrito em duas fases, Téchiné quis filmar durante o inverno e durante o verão. Entre as duas estações, fez uma pausa durante a qual reescreveu o texto. Folha - É difícil não julgar um personagem? Côte - Quando começamos a julgar um personagem, é porque não o amamos. Folha - Houve cenas especialmente difíceis para você? Côte - Sim, a cena de amor com Alex (Daniel Auteuil), no hotel, foi muito difícil, pois é extremamente violenta e impudica. Folha - "Os Ladrões" é um filme pessimista? Côte - É pessimista para os mais velhos e otimista para os jovens: só há saída para eles. Filme: Os Ladrões Diretor: André Téchiné Texto Anterior: OS LADRÕES; OS MEDÍOCRES; PAIXÃO PELA VIDA; PARIS ERA UMA MULHER; PONETTE; POUCOS DE NÓS Próximo Texto: O cinema documentado Índice |
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