São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996 |
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Atraso provoca tumulto em estação
DA REPORTAGEM LOCAL O atraso nos trens voltou a provocar tumulto em estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).Ontem, cerca de 500 pessoas protestaram e ameaçaram destruir a estação Manoel Feio, em Itaquaquecetuba (leste da Grande São Paulo). Também foram registrados protestos nas estações Itaquaquecetuba e Aracaré, em Poá. O motivo do tumulto, segundo os passageiros, foi a demora de uma hora e 25 minutos para a passagem do trem. Na segunda-feira, o atraso dos trens provocou um quebra-quebra que danificou as sete estações entre Francisco Morato e Vila Clarisse (norte da Grande SP). Um trecho de 49 km foi interditado e deve ficar em reforma por cerca de seis meses. Como os usuários protestavam na estação Manoel Feio, a composição seguinte teve que fazer uma parada demorada na estação Itaim Paulista para ter um reforço de segurança. Assim, um trem só voltou a passar em Manoel Feio às 12h35. Esses atrasos constantes dos trens têm sido causados pela "operação padrão", feita por operadores e maquinistas descontentes com o acordo salarial. Eles tiram de circulação os trens que não cumprem as normas de segurança da CPTM. Santo André A circulação de composições da CPTM foi suspensa ontem nas estações de Campo Grande e Paranapiacaba, em Santo André (Grande São Paulo). As duas estações são as últimas no extremo sudeste da linha Jundiaí-Paranapiacaba e foram fechadas pela CPTM para adequar o trajeto ao reduzido número de trens que está circulando desde o quebra-quebra de segunda-feira. Agora, os trens circulam somente até a estação de Rio Grande da Serra. Segundo a CPTM, cerca de 400 passageiros, em média, por dia, usam as estações Campo Grande e Paranapiacaba. Sem os trens, os moradores da região têm apenas os ônibus da viação Ribeirão Pires como alternativa. A pedido da CPTM, a tarifa foi reduzida para R$ 0,90 (R$ 0,10 mais que o ônibus), quando o preço normal cobrado pela viação é R$ 1,40. Colaborou Fábio Zanini, da Agência Folha, no ABCD Texto Anterior: Material de bomba era de uso do Exército Próximo Texto: Procurador apóia controle sobre a polícia Índice |
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