São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996 |
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Ações do BCN disparam nas Bolsas
MILTON GAMEZ
As ordinárias (com direito a voto), menos negociadas, aparecerem e estiveram entre as maiores altas do dia: 8,9%. Nesta semana, a alta acumulada é de 21,85%, fazendo da BCN PN a segunda ação mais valorizada da Bovespa, atrás da Buettner PN (22,5%), de pouca negociação. Períodos mais longos de observação também asseguram ao papel a maior rentabilidade do setor financeiro nas Bolsas. Segundo a consultoria Economática, a alta no mês é de 17,2%. No período, o Ibovespa (índice das mais negociadas na Bovespa) subiu 4,45%. No ano, a valorização chega a 166,4%, a anos-luz do Ibovespa (com 56,63%) e inferior apenas à da ação preferencial do Banco do Nordeste do Brasil, com 186,13%. No entanto, esta também tem baixíssima liquidez (capacidade de negociação). Segundo analistas, a escalada da ação do BNC tem por trás dois fatos cruciais para a instituição. Um deles foi a compra do Banco Itamarati, em julho. O negócio fortaleceu sua área de investimentos e fez do BCN o quinto maior banco privado do país, com um patrimônio líquido de R$ 1 bilhão. O segundo motivo seriam as especulações envolvendo o BCN e os bancos Bamerindus e BBA Creditanstalt. Desde julho, circulam rumores de que o BCN poderá comprar o Bamerindus. Desde setembro, comenta-se que primeiro o BCN irá fundir-se ao BBA Creditanstalt. Negociações nesse sentido têm sido negadas veementemente pelas três instituições. Para o diretor financeiro do BCN, Júlio Araújo, o mercado acionário está reagindo com otimismo às perspectivas de crescimento do BCN após a fusão com o Itamarati. "Não posso comentar sobre boatos. Os investidores estão apostando na rentabilidade de nossas ações"', afirmou Araújo. O BCN, argumentou, paga bons dividendos aos seus acionistas: 6,78% no primeiro semestre deste ano, comparados a 7,39% em 1995 e 11,16% em 1994, segundo a Economática. Como as ações estavam baratas e o banco deve alavancar seus resultados após "digerir" o Itamarati, os investidores passaram a apostar no papel, disse o executivo. Ele confirmou que o banqueiro Pedro Conde, dono do BCN, está mesmo disposto a passar o bastão da administração adiante. Texto Anterior: Revista aposta na simplicidade Índice |
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