São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996
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Lei do passe divide jogadores

ARNALDO RIBEIRO
DO ENVIADO A TERESINA

As mudanças na nova lei do passe dividiram os jogadores da seleção brasileira.
Mas não impediram que eles continuassem pensando mais nas consequências pessoais do que nos benefícios para a categoria.
Pela nova lei, os jogadores com 27 anos ou mais passam a ter passe livre a partir de janeiro de 1998.
Em 99, o limite cai para 26 anos e, no ano 2000, para 25 anos.
Antes, estava previsto que, já a partir de 97, jogadores com 26 anos ficariam donos dos passes.
Os jogadores mais jovens da seleção, em geral, aprovaram as mudanças na lei, enquanto os mais experientes, lamentaram.
"Seria difícil fazer uma mudança tão radical em tão pouco tempo", disse o atacante Ronaldinho.
"A nova determinação é mais coerente. Dá um tempo maior para os clubes se organizarem", afirmou o volante Marcelinho Souza.
Segundo o volante Mauro Silva, "uma modificação brusca seria uma catástrofe para os clubes".
O meia Djalminha ficou indiferente. "No meu caso, nada muda. Tenho contrato até novembro de 97 e, como completo 27 anos em seguida, ficarei com o passe."
Para o goleiro Zetti, as opiniões dos companheiros revelam "temor e falta de união".
"Os mais novos têm medo de dar declarações que possam provocar represálias dos seus clubes. Quanto a nossa categoria, entendo mesmo que não existe união."
(AR)

LEIA MAIS sobre o passe à pág. 3-9

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