São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996
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CARLOS SARLI

Joca Jr. mostrou no Rio que está determinado não apenas a conquistar a vaga no WCT 97, o que de fato já havia alcançado antes mesmo do início da perna brasileira do "tour", como também brigar pelo título do ranking de acesso, WQS.
Sua vitória no cinco estrelas Rio Surf Pro, a mais importante de sua carreira, lhe valeu 2.500 pontos, que o colocaram no terceiro lugar no WQS, na liderança disparada do Circuito Brasileiro, e garantiram o convite para correr o WCT do Rio.
Neste evento, Joca tem a oportunidade de competir com os adversários que encontrará ao longo do próximo ano. A desvantagem é que, como convidado, enfrenta de cara os melhores ranqueados no momento.
Em sua pré-estréia no WCT, ontem, perdeu para Sunny Garcia nas ondas de seis a oito pés que rolaram na Barra. Hoje, ele corre a repescagem.
Essa experiência expõe dois fatos. Primeiro, a importância de se obter uma boa colocação no ranking de acesso para evitar os favoritos logo nas primeiras baterias das etapas.
Sob esse aspecto, Joca está bem, já que deve encabeçar a lista dos 16 que sobem. O segundo é mais essencial: ondas. A sua confortável situação foi desenhada em ondas pequenas.
A ASP, a partir da exigência dos competidores do WCT, vem priorizando tamanho e qualidade das ondas, ainda que em detrimento do público na praia, compensado para os patrocinadores com transmissões da TV.
Grajagan, Ilhas Reunião, Jeffrey's Bay evidenciam essa disposição. Em 97, a etapa de estréia será em Todos Os Santos, Baja Califórnia (México), uma ilha com ondas pra valente.
Joca é um dos últimos destaques do Mundial Amador de 90, no Japão, a subir para a elite. Antes dele, Kelly Slater, Taylor Knox, Rob Machado, Shane Dorian, Victor Ribas, Peterson Rosa, da mesma geração, já mostraram a que vieram. Ele terá um grande desafio pela frente.

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