São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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Congressistas querem usar verba de corte em emendas

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Congresso está disposto a aproveitar o corte de despesas feito pelo governo por meio do pacote fiscal para aumentar os recursos destinados às emendas de parlamentares no Orçamento de 97.
Como as medidas geram redução nos gastos com custeio (manutenção da máquina administrativa), a Comissão de Orçamento estuda utilizar a economia com essas despesas para emendas de parlamentares.
O objetivo do governo com o pacote é promover cortes de R$ 4 bilhões nos gastos com pessoal e custeio, além de aumentar a arrecadação em R$ 2,5 bilhões no próximo ano. Isso reduziria o déficit do Orçamento de 97 para R$ 2,3 bilhões.
O relatório preliminar do Orçamento, aprovado ontem na comissão, permite que o Congresso retire até 4% das verbas de custeio, cerca de R$ 1,2 bilhão, para emendas de parlamentares.
Apesar disso, o relator do Orçamento, senador Carlos Bezerra (PMDB-MT), disse esperar que não "ocorra confronto com o Executivo" por causa da decisão do Congresso de empregar a prerrogativa de legislar sobre a proposta orçamentária.
O relatório preliminar fixa os parâmetros para as mudanças que os parlamentares podem fazer no Orçamento, ou seja, é o roteiro para a elaboração de emendas.
Os parlamentares querem empregar essa verba para aumentar a cota individual de R$ 1 milhão fixada para emendas de cada deputado e senador. Alegam que precisam de mais recursos para privilegiar os novos prefeitos que tomam posse em 1º de janeiro.

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