São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996 |
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Falta monitores em centro de MG
DANIELA FALCÃO
O maior deles fica em Sete Lagoas, município a 60 km de Belo Horizonte, e tem capacidade para abrigar até 90 adolescentes, embora só esteja trabalhando com 30. O motivo: não há nem sequer um psicólogo, pedagogo, médico ou assistente social para orientar os adolescentes infratores. Dos 31 monitores necessários para cuidar da disciplina, só há 19 trabalhando -média de 1,3 por plantão. Os adolescentes se dividem em dois grupos. Os recém-chegados ficam num espaço cercado por um muro de três metros de altura e dormem em celas que só são fechadas à noite. Depois de um mês, passam para o regime aberto, onde não há muros nem grades. Até agosto, cerca de 65 adolescentes estavam em Sete Lagoas, trancados em celas sem qualquer ventilação e malcheirosas. O juiz da Vara da Infância e Juventude de Sete Lagoas, Paulo César Ferreira, determinou a interdição do centro, que foi reaberto em setembro, após a troca da diretoria e a promessa da Secretaria da Justiça de contratar mais funcionários. A nova diretoria está destruindo o antigo pavilhão para torná-lo mais humano. Com arquitetura imprópria para um internato (além da falta de muros, os prédios são muitos distantes um dos outros), as fugas são rotina no local. (DF) Texto Anterior: Infrator vai para presídio em Pernambuco Próximo Texto: Prisão não recupera menor infrator Índice |
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