São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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Greve da CEF tem baixo índice de adesão

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA AGÊNCIA FOLHA

O primeiro dia da greve dos funcionários da CEF (Caixa Econômica Federal) foi marcado por um baixo índice de adesão.
Segundo a assessoria de comunicação da CEF, apenas 2,9% das 1.598 agências em todo o país estavam fechadas ontem. Outras 4,3% funcionaram parcialmente.
A Confederação Nacional dos Bancários (CNB), por sua vez, avalia em 60%, em média, o índice de adesão à greve da CEF no país.
No BB (Banco do Brasil), houve paralisação de 24 horas em agências do Rio e de Maceió (AL).
Os bancários pedem reposição de 21%, mais 6,7% de produtividade, e aumento de 40% no piso.
A proposta da CEF inclui apenas um abono de R$ 500, sem reajuste. O BB ofereceu o mesmo.
Em São Paulo, a maior parte das agências da CEF funcionou normalmente. Mesmo assim, os funcionários decidiram, em assembléia no início da noite, manter a greve por tempo indeterminado.
Os grevistas esperam maior adesão a partir de hoje. Segundo o sindicato dos bancários, 46 das cem agências da CEF na Grande São Paulo não funcionaram ontem.
Na agência da praça da Sé, centro da São Paulo, houve bate-boca entre piqueteiros e bancários que queriam trabalhar. Os grevistas venceram, mas, por volta do meio-dia, a agência voltou a funcionar.
Em Brasília, o sindicato dos bancários estima que 13 das 26 agências da CEF não abriram.
Os funcionários do Banco do Brasil em Brasília confirmaram, ontem à noite, a decisão de não entrar em greve.
Segundo o balanço do sindicato de Brasília, a adesão à greve na CEF foi de 60%. Das 13 agências que abriram, sete teriam operado só com gerentes e outras seis com parte dos funcionários.
Em Salvador (BA), a adesão foi parcial. Segundo a Caixa, das 28 unidades de Salvador, incluindo agências e postos de apoio, apenas quatro pararam totalmente.
O Sindicato dos Bancários do Estado da Bahia disse que 20 agências entraram em greve.
Hoje, funcionários da CEF, do Banco do Brasil e do Banespa fazem uma manifestação, às 10h, em frente ao prédio do Banco Central em São Paulo. Os grevistas vão protestar contra a política econômica do governo federal.

Colaboraram a Sucursal de Brasília e a Agência Folha

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