São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996 |
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Ford capta US$ 300 milhões no exterior
MILTON GAMEZ
O dinheiro, levantado sob coordenação do holandês ABN-Amro Bank, terá um custo fixo de 9,125% ao ano. O prazo do eurobônus, na prática, será de cinco anos, mas poderá atingir oito anos. A emissão aumenta ainda mais o endividamento do país no exterior. Somente em setembro passado, foram captados no mercado internacional, por meio de títulos, US$ 1,5 bilhão. O acumulado neste ano até setembro chegou a US$ 12,3 bilhões -volume 60% maior que em igual período de 1995. "O mercado internacional, especialmente o europeu, está muito líquido (com dinheiro disponível). Além disso, a percepção dos investidores é que o risco do Brasil diminuiu muito", disse Marcos Matioli, vice-presidente sênior do ABN-Amro. A queda do risco soberano do país representa custos menores de captação. A emissão da Ford ontem ficou 2,83 pontos percentuais acima do custo da letra do Tesouro dos EUA de mesmo prazo. Em dezembro do ano passado, para efeito de comparação, os eurobônus de empresas privadas custaram entre 3,35 e 5,25 pontos percentuais acima do juro dos papéis norte-americanos. A diferença fez a Ford optar pela captação externa junto a investidores europeus, em vez de trazer recursos diretamente da matriz (empréstimos "inter-company"). "Já vale a pena trazer dinheiro por meio de eurobônus", disse o diretor financeiro da Ford, David Prystash. Segundo ele, os US$ 300 milhões suprirão necessidades de caixa e de investimentos da empresa e não serão usados para financiar consumidores. Até o ano 2000, a Ford quer investir US$ 2 bilhões no país. Texto Anterior: Venda cresce 5% neste Natal Próximo Texto: Montadora demite 550 em SP Índice |
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