São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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Consórcio de fundos vai disputar celular

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

Um grupo de 12 fundos de pensão brasileiros assinou ontem com duas empresas canadenses, um banco norte-americano e três bancos brasileiros um "memorando de entendimento" para a formação de um consórcio que vai disputar a concorrência para operar na banda B da telefonia celular.
Banda B é a denominação da parcela da telefonia celular que será aberta ao setor privado, dividida em dez regiões. A Banda A é a existente hoje, operada pelas empresas estatais de telecomunicação.
Os fundos de pensão são entidades de previdência complementar ligadas a uma ou mais empresas. Dos 12 que integram o consórcio formado ontem, 10 são de empresas estatais.
Integram o grupo a Previ (Banco do Brasil), Valia (Vale), Telos (Embratel), Sistel (Telebrás), Real Grandeza (Furnas), Petros (Petrobrás), Fapes (BNDES), Fachesf (Chesf), Escelsos (Escelsa), Eletros (Eletrobrás), Baneses (Banco do Estado do Espírito Santo) e Aerus (empresas do setor aeronáutico).
Os bancos brasileiros são o Opportunity, o Bozano, Simonsen e o Banco do Brasil de Investimentos. No lado externo, estão as empresas canadenses de telecomunicações Bell Canada e Telesystem e o Citibank, dos Estados Unidos.
"O que está se formando hoje aqui é um megaconsórcio Brasil-Canadá-EUA que, sem dúvida, vai ganhar a concorrência para operar a Banda B em alguma das melhores regiões do Brasil", disse, na cerimônia de assinatura, George Vasquez, da Telesystem, que representou as canadenses.
Segundo ele, a Telesystem e a Bell Canada juntas representam um capital de US$ 35 bilhões. Os 12 fundos de pensão possuem em conjunto um patrimônio de R$ 40 bilhões. Só a Previ, o maior dos brasileiros, tem patrimônio de R$ 17,3 bilhões (dado de setembro).
Os bancos Do consórcio deverão ser, além de participantes financeiros, os assessores do grupo na preparação para a disputa.
Divisão
Embora as participações acionárias de cada um na futura empresa não estejam definidas, Madeiro da Costa disse que a tendência é que as empresas canadenses fiquem com 40% e o Citibank, 9%, isso na parte externa.
Na parte brasileira, segundo o diretor-superintendente da Sistel, Jorge de Moraes Jardim Filho, a tendência é que os fundos de pensão fiquem com 36% e os bancos, com 15%.

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