São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996 |
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Paralelo sobe, mas comercial fica estável
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
Os cambistas aproveitaram, como desculpa para puxar para cima as cotações, a proposta do governo para a mudança do Imposto de Renda, caracterizando como "paraíso fiscal" países onde a tributação não supera 20%. Além disso, a fiscalização estaria mais intensa nas fronteiras do Paraguai e Uruguai, onde muitos "doleiros" têm conta em bancos daqueles países. Mas, no mercado oficial, que é importante e volumoso, o dia foi tranquilo. As cotações do comercial ficaram estáveis. Tanto que até sobrou moeda no mercado, obrigando o Banco Central (BC) a enxugar a sobra. No mercado de câmbio à vista, o dia continuou marcado pelo grande volume de instituições querendo vender dólares para poucos interessados. Resultado: a cotação da moeda norte-americana caiu abaixo do R$ 1,0245 (piso da minibanda cambial). Na abertura das operações de câmbio até que os preços ensaiaram uma reação, chegando a R$ 1,0250. Mas, depois disso, passaram a cair o dia inteiro até a entrada do BC, que comprou moeda de quem quisesse vender a R$ 1,0245. Os contratos futuros de dólar caíram em todos os meses de negociação, o que significa confiança na política cambial em vigor. O juros oscilaram bastante no mercado futuro, mas fecharam estáveis ontem. No mercado à vista de dinheiro, permanecem as expectativas sobre o custo do dinheiro hoje, quando entram em vigor os novos percentuais de recolhimento compulsório (o que as instituições têm de depositar no BC) dos depósitos a prazo (CDBs, RDBs etc.). Os negócios a termo para hoje saíram a 2,56%/2,565% de taxa-over, mas o volume de operações foi reduzido. A Telebrás enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários e às Bolsas de Valores desmentindo notícias sobre aumentos de tarifas. O índice da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) subiu 0,48%, fechando em 67.660 pontos. Texto Anterior: Entidade quer anular editais da Telesp Próximo Texto: Coca-Cola vende menos com inverno longo Índice |
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