São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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Coca-Cola vende menos com inverno longo

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

A Coca-Cola brasileira vai faturar menos US$ 160 milhões em 1996 do que previra no início do ano. As principais razões são o inverno, mais longo que o esperado, e a demora da chegada do verão.
A empresa estimava faturar em 1996 US$ 3,77 bilhões, resultado 17% maior do que o do ano passado. Com a revisão da previsão de crescimento, a Coca-Cola deve fechar o ano com um aumento de vendas entre 11% e 13%.
A Coca-Cola esperava terminar 1996 com 5,5 bilhões de litros de refrigerantes vendidos, mas, na verdade, acabará o ano, na melhor das hipóteses (13%), com vendas de 5,3 bilhões de litros.
"O inverno foi forte e o verão ainda não chegou", disse Corrêa, entrevistado por telefone em Manaus. Ele queria saber como estava o tempo no Rio. Ao saber que fazia calor, disse que, se fizer tempo bom durante alguns dias seguidos, as vendas melhoram.
Para atingir o crescimento de 11% a 13%, Corrêa conta com a recuperação das vendas no verão. "Acho que vamos ganhar mercado no verão", disse o executivo.
Mesmo perdendo em volume de vendas e faturamento, a Coca-Cola está ganhando participação no mercado. A procura é que caiu.
A Coca-Cola teve uma queda de participação de mercado em outubro e novembro do ano passado, segundo as medições da Nielsen. A empresa ficou com 50,3% do total dos refrigerantes vendidos no país (em agosto e setembro de 1995 era de 52%).
Aumentando sua participação paulatinamente no ano de 1996, segundo as medições bimestrais da Nielsen, a Coca-Cola fechou o bimestre junho e julho, a última medição conhecida, com 52,7% de participação.

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