São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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A Inglaterra que vive

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Ela consiste em mostrar seres reais, em vez de nos remeter perpetuamente ao início do século (ou antes), a mundos ideais -ou porque não existem mais, ou porque referem-se antes de tudo a idéias.
O que acontece em "Mona Lisa" é simples: um ex-presidiário (Bob Hoskins) torna-se motorista de uma bela prostituta de luxo.
Talvez por ser irlandês, Neil Jordan tem uma sensibilidade particular para filmar Londres. Seja quando mostra os bairros pobres, seja quando passeia pela cidade, as imagens têm um frescor que não se vê todo dia.
Por fim, há os atores. Qualquer filme inglês, o mais tolo, sempre tem bons atores. Nem sempre, porém, os diretores se empenham em encontrar a beleza dos seres que mostram.
Ela é óbvia em Cathy Tyson, a prostituta. Mas não é nada óbvia no feioso Hoskins. À medida, no entanto, que entramos em contato com ele, vemos que "Mona Lisa" consegue uma coisa rara no cinema: captar um ser humano.
(IA)

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