São Paulo, sábado, 19 de outubro de 1996 |
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Ex-passe-livre criticam recuo de Pelé
DA REPORTAGEM LOCAL Jogadores que seriam beneficiados em 97 com passe livre pelo projeto original da "lei Pelé" criticaram o recuo do governo nas negociações com os clubes.A Folha ouviu o atacante Túlio (Botafogo), o goleiro Velloso (Palmeiras) e o atacante Edmundo (Vasco), três dos mais ilustres ex-futuros-passe livre do futebol brasileiro. Eles se encaixavam na idade mínima na versão anterior da resolução do Ministério dos Esportes, que concedia o passe livre já em 97 aos jogadores com 26 anos ou mais. O contrato de Túlio vence agora no final do ano. O de Velloso, no começo do ano que vem. Edmundo tem contrato até fevereiro de 1998. A nova proposta da resolução, acertada em reunião com os clubes nesta semana, eleva a idade do passe livre em 97 para 30 anos. Esses três atletas só seriam beneficiados em 98, quando a norma beneficiaria jogadores com idade acima de 27 anos. Indefinição "Vou perder dinheiro", disse o botafoguense Túlio. Apesar de sua declarada disposição de permanecer no clube, ele acha que poderia negociar condições mais vantajosas se fosse dono do próprio passe. "O que mais atrapalha é a indefinição", disse Edmundo. Ele disse que recusou propostas do exterior na expectativa de ter o passe livre no Brasil. "Se não tiver, posso vir a ser prejudicado", disse. O goleiro Velloso afirma que possuir o passe é um "direito do jogador profissional", mas que o recuo do ministro Pelé pode acabar tendo aspectos positivos. "É importante haver consenso entre o ministro e os clubes", disse Velloso. "Também é importante haver tempo para adaptação as novas regras.", completou o jogador. O atacante Túlio afirmou que não vai querer assinar, no próximo ano, um contrato com duração maior de um ano com o Botafogo, para ter seu passe em 98. Próximo Texto: Túlio diz que vai perder dinheiro Índice |
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