São Paulo, sábado, 19 de outubro de 1996 |
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São Paulo se nega a eleger juiz de jogo
ARNALDO RIBEIRO
A proposta, uma surpresa, foi feita pelo presidente da Conaf (Comissão Nacional de Árbitros de Futebol), Ivens Mendes, em palestra aos atletas, comissão técnica e diretoria, ontem, no Morumbi. Para provar que a Conaf não tem nada contra o São Paulo, Mendes disse que os atletas poderiam eleger o árbitro do jogo de domingo, mas o goleiro Zetti, em nome dos demais, recusou. "Isso não cabe a nós. Além disso, seria um desrespeito ao Corinthians", disse Zetti. Preocupada com o excessivo número de cartões que o time vem recebendo no Brasileiro -62 amarelos e 10 vermelhos-, a diretoria do São Paulo decidiu, após multar seus atletas indisciplinados, promover uma aula de arbitragem. A medida tinha como objetivo também instaurar uma política de boa vizinhança com a Conaf. Além de Ivens Mendes, participaram da palestra o árbitro gaúcho José Mocellin e o ex-árbitro José de Assis Aragão. Os jogadores receberam um livro sobre as regras do futebol, foram instruídos a não reclamarem, jamais, dos juízes e a não fazerem faltas desleais. "Não adianta reclamar. Nenhum juiz volta atrás", disse José Mocellin. Cobrança Em contrapartida, a diretoria do São Paulo e o técnico Carlos Alberto Parreira cobraram mais critério dos árbitros e mostraram um vídeo com lances em que o time teria sido prejudicado nesse Brasileira. "Precisa haver uma padronização", afirmou o presidente Fernando Casal de Rey. "Mostramos o vídeo mais para provar que o time não merece a pecha de desleal", disse Parreira. O treinador tem apenas uma dúvida para definir a equipe que enfrenta o Corinthians amanhã: Valdir ou Aristizábal no ataque. Ele não contará com Axel, Edmílson, Denílson e André, suspensos, além de Válber, fora de forma. O juiz do clássico será Sidrack Marinho. Texto Anterior: Guatemala estuda deixar eliminatórias Próximo Texto: Nelsinho não poderá usar Mirandinha Índice |
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