São Paulo, sábado, 19 de outubro de 1996
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Liberação de Ronaldinho custa US$ 31 milhões

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

Se Ronaldinho concordasse, qualquer clube poderia contratá-lo já na segunda-feira, na abertura do expediente bancário da Catalunha.
Bastaria depositar a módica quantia de US$ 31,25 milhões na conta do Barcelona.
Embora o contrato do clube com o brasileiro vá até 2004, existe o que os espanhóis chamam de cláusula de liberdade.
Se o jogador quiser, e alguém pagar, adeus. Mas US$ 31,25 milhões não é dinheiro demais? Não para o Barça.
Preocupados com os boatos de que o Milan e um clube francês se disporiam a bancar a ruptura, os catalães querem elevar a cláusula para pelo menos US$ 40 milhões.
Aumentaria também o valor da liberação, até agora estipulada em US$ 15,625 milhões, quando Ronaldinho, 20, tiver 24 anos de idade.
Para o atacante, a mudança dos valores seria ótima: ele ganharia aumento salarial para ficar na equipe de onde não pretende sair tão cedo.
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Ronaldinho não está tão só como costuma dizer: em Barcelona, ele não mora apenas com a mãe e um irmão, mas com a namorada brasileira, Adeli.
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Juan Antonio Pizzi, o ótimo atacante do Barcelona que às vezes amarga a reserva porque Ronaldinho tem que jogar, sentenciou: "Eu sou futebolista. Ronaldo, não. Ele é de outro mundo."
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Já é hora de se pôr fim à alcunha Ronaldinho, que ele ganhou para diferenciá-lo de Ronaldão, já afastado da seleção, na Copa do Mundo de 94.
Para isso, se chamaria o zagueiro do Atlético-MG e da nova seleção de Ronaldo Guiaro.
Ronaldinho seria promovido a Ronaldo, como ele quer e os espanhóis preferem.
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Estão encalhadas várias cotas de patrocínio para a Superliga de Vôlei que começa hoje no masculino e em dezembro no feminino, embora os valores sejam semelhantes aos do ano passado.
Para as empresas, os torneios não têm inovações capazes de aumentar a repercussão.
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Se FHC vier mesmo a editar medida provisória sobre o passe, a atitude deve ser precedida da visita a Brasília de uma enorme caravana de jogadores pedindo "liberdade".
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A redução de equipes na primeira divisão do Campeonato Brasileiro diminuiria o poder dos clubes na eleição do presidente da CBF, caso seja mantido o estatuto da entidade.
Votam as 27 federações estaduais e os clubes da primeira divisão, que hoje são 24.
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Até o fim do ano, o Ministério dos Esportes inaugura três das seis vilas olímpicas que está construindo na Baixada Fluminense.
As pistas de atletismo, importadas, já chegaram ao Rio.
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A oposição do Botafogo se reúne hoje à noite com o botafoguense Bebeto de Freitas. Vai convidá-lo para ser o "manager" do futebol profissional.
A eleição será em novembro.
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Antes da greve contra atraso de salários, o time do Fluminense já fazia uma "operação tartaruga" em campo.

Matinas Suzuki Jr., que escreve aos sábados, terças e quintas, está em férias

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