São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
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PAS melhora serviço, mas aprovação é semelhante à do sistema do Estado
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Essas são as principais conclusões de pesquisa Datafolha feita no mês passado em 114 postos de saúde, hospitais, prontos-socorros e ambulatórios da cidade de São Paulo. Metade dos pontos é do Plano de Assistência à Saúde e metade integra o Sistema Único de Saúde. O perfil dos usuários do PAS e SUS é igual: mais de 80% de mulheres, a maioria com renda familiar até cinco salários mínimos e com até 40 anos de idade. A principal vantagem do programa da prefeitura paulistana em relação ao sistema do governo estadual é o percentual de atendimento: 80% no PAS e 71% no SUS. No caso do serviço municipal, os motivos para o não-atendimento de 16% (5% foram apenas buscar resultados de exames etc.) estão relacionados à agenda: não tinham consulta marcada, demora, atraso. Em relação ao SUS, a maior parte dos 24% de pacientes que deixaram de ser atendidos disse que o motivo foi a falta de médico. Melhora A mudança no sistema de saúde foi notada pela grande maioria dos usuários. Para 79% dos usuários do PAS, o serviço melhorou nos últimos seis meses. Para 5%, piorou. E para 15% está igual. Já no SUS, a maior parte dos pacientes disse que o serviço está igual (48%). Embora 36% tenham dito que melhorou, para outros 14% o atendimento piorou. Isso talvez explique o aumento de demanda nos postos do PAS. Atualmente, 81% dos pacientes do serviço dizem que o PAS é sua primeira opção quando têm algum problema de saúde. Há seis meses essa preferência era menor: 66%. No SUS, é praticamente igual a parcela de pacientes que vai direto a algum posto do sistema estadual ou procura antes outro local: 48% a 52%. Esses percentuais não variaram nos últimos seis meses. Uma hora de espera Quanto ao atendimento em si, os procedimentos parecem ser equivalentes. O tempo médio de espera no PAS é ligeiramente superior ao do SUS e a duração da consulta é praticamente igual em ambos. O paciente do serviço municipal aguarda, em média, 63 minutos por 13,3 minutos de consulta, enquanto o do SUS espera 61 minutos por um atendimento que dura, em média, 13,9 minutos. Apesar da ligeira vantagem do sistema estadual, a população parece ser mais simpática à novidade do PAS na hora de julgar esse item do atendimento: 69% acharam o tempo de espera bom ou ótimo, contra 62% dos usuários do SUS. A atenção dedicada pelo médico é ligeiramente mais bem avaliada pelos pacientes do PAS, mas o percentual de aprovação dos cuidados dos médicos é alto nos dois serviços: 89% no PAS e 85% no SUS. O quadro se inverte na avaliação do tempo de consulta: 86% de bom e ótimo no SUS e 82% no PAS. O consultório e o atendimento na recepção receberam aprovação algo melhor no SUS. No geral, a avaliação de ambos é igual: 81% de aprovação para o SUS (30% de ótimo) e 83% para o PAS (37% de ótimo). Texto Anterior: 'Dra.' Havanir não aderiu por ideologia Próximo Texto: Gestão Erundina teve o maior inchaço de funcionários da história paulistana Índice |
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