São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996
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Flávio nega ter acordo

DA REPORTAGEM LOCAL

Flávio Maluf confirma ser o dono da produtora Grupo Onze, mas diz que ela foi montada para funcionar como "banco de imagens" sobre a carreira política e administrativa de seu pai.
Segundo ele, equipes da produtora fazem a cobertura de inaugurações e solenidades públicas do prefeito. As fitas têm uma cópia arquivada e outra colocada à disposição de emissoras.
"Quando esse é o caso, cedemos gratuitamente o material bruto, sem qualquer edição. Cada emissora aproveita o que quiser."
Ele negou ter acordo com a Rede Manchete e disse ignorar o tratamento que a emissora possa dar às imagens de sua empresa.
O empresário também diz que sua produtora tem clientes no mercado -vídeos de treinamento, filmetes publicitários- e que o lucro custeia a cobertura da agenda de Paulo Maluf.
Negou, por fim, que tenha prestado serviços à Prefeitura de São Paulo de forma remunerada.
No Rio, Fernando Barbosa Lima, diretor da Manchete, disse que, a exemplo do que ocorre com a imprensa escrita, as TVs também recebem "releases" (informações sobre empresas ou instituições), que só são aproveitados se tiverem interesse jornalístico.

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