São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
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Sistema favorece terceirização
FÁBIO SANCHEZ
A cooperativa encarregada de um módulo contrata uma empresa para gerenciar os hospitais e postos de saúde. Esta, por sua vez, recontrata várias outras empresas. No módulo do PAS em Pirituba (zona oeste da cidade), o primeiro instalado na cidade, pelo menos 11 funcionários prestam um serviço contratado em cascata por três empresas diferentes. A ADB Construções paga os funcionários, com um salário médio de R$ 350, para a realização de serviços gerais no Hospital de Pirituba. A empresa é contratada pela Construtora Coninter, que presta serviços à Enger Engenharia. A Enger é a gerenciadora do módulo do hospital de Pirituba, contratada pela cooperativa de médicos para administrar o hospital. Para Gonçalo Vecina, professor de Administração de Serviços da Saúde da USP, a subcontratação de serviços em cascata "é, no mínimo, temerária e ineficiente". Segundo ele, uma empresa que administra serviços cobra em média 15% sobre o seu custo. O secretário da Saúde, Roberto Paulo Richter, acredita que a subcontratação de serviços é natural. Apesar disso, Richter considera a contratação de três empresas para prestar o mesmo serviço "um exagero, que merece ser investigado". (FS) Texto Anterior: Gasto cresce com pessoal Próximo Texto: Jatene e ex-secretário criticam Índice |
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