São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
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Jatene e ex-secretário criticam
FS
O número de atendimentos de emergência caiu de 4,38 milhões em 1993 para 3,5 milhões no ano passado. Os leitos em operação eram 2 mil (1993) e passaram para 1.840 (95). "O Sistema Único de Saúde está falido. Por isso, os primeiros números são ruins", diz o secretário da Saúde Roberto Paulo Richter. Segundo Richter, Maluf optou por não fazer mudanças no início de sua gestão porque "um prefeito não pode mudar tudo de repente". O primeiro secretário de Maluf, Raul Cutait (janeiro a agosto de 93), diz que várias mudanças foram propostas no início da gestão, mas não foram implantadas por falta de vontade política de Maluf. "Foi criado um plano de cargos e salários que não saiu do papel", diz Cutait. O treinamento de gerentes do sistema de saúde e a consulta aos conselhos municipais também foram abandonados. Para Cutait, o PAS foi implantado às pressas, "sem uma proposta metodológica científica e sem um projeto piloto". "Melhoraram o atendimento primário, em detrimento da atenção global da saúde", diz. O ministro da Saúde, Adib Jatene, também critica o PAS. Ele diz que o plano "atenta para a própria estrutura da prefeitura, desconsiderando o atendimento do SUS". "O PAS organizou apenas um serviço da prefeitura e não da cidade de São Paulo", diz. Texto Anterior: Sistema favorece terceirização Próximo Texto: Programa do PT acaba com o PAS e aposta em integração com o Estado Índice |
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