São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996
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Empresa evita contratar gordos

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se subir profissionalmente na empresa acaba trazendo peso extra na balança, o novo corpo do profissional bem-sucedido não é visto com bons olhos na hora que ele perde o emprego.
Claudir Franciatto, vice-presidente do Catho, diz que há um grande preconceito contra o obeso na hora de empregá-lo.
"Cerca de 50% das empresas têm alguma restrição ao obeso e 20% têm muita restrição a empregar uma pessoa com excesso de peso", diz Franciatto.
A consequência é que pessoas com esse perfil acabam demorando mais para conseguir uma recolocação profissional, diz o vice-presidente do Catho.
O fato é preocupante frente a constatação de que, entre os executivos com idade entre 40 e 70 anos, 56% estão com excesso de peso e apenas 27% estão na faixa de peso normal, segundo o Catho.
Brigando com a balança, 68% dos executivos afirmam fazer exercícios com regularidade. Mas a porcentagem entre os obesos "esportistas" é a menor: 50% deles fazem exercícios, contra 69% dos considerados subnutridos e 67% dos que têm peso normal.
Outra comparação da pesquisa refere-se às mulheres, que têm menor índice de obesidade. Entre as executivas, 14% são consideradas subnutridas, 45% têm peso normal e 27% tem sobrepeso, 4% são obesas e 10% têm obesidade grave.
A explicação é que as mulheres ainda são mais vaidosas e se preocupam mais com a aparência.
(SB)

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