São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996
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Audi busca pole na venda de importados

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Audi não ocupa ainda a pole position na corrida dos carros importados de luxo pelos consumidores brasileiros, como quer a família Senna, que importa e revende seus carros desde 1994. Mas já conseguiu quase empatar com seus dois principais concorrentes.
Neste ano, os totais de vendas no mercado brasileiros dos automóveis da BMW, da Mercedes e da Audi serão semelhantes. Um resultado que pode ser considerado um vitória para a Audi, marca com muito menos tradição entre os consumidores brasileiros do que as outras duas.
Ao contrário, porém, do que se poderia imaginar, o fato de a Audi alemã ser pouco conhecida no Brasil pesou de forma favorável na decisão da família Senna de ser seu representante no país.
Imagem virgem
"O Ayrton dizia que a imagem da Audi era virgem no Brasil, sem aspectos positivos, mas também sem aspectos negativos. E que nós poderíamos, por causa disso, criar a imagem que fosse a melhor para a empresa", explica Leonardo Senna, 30, irmão do piloto e vice-presidente da Senna Import.
Quando a família Senna decidiu diversificar seus negócios, há três anos, foi quase inevitável que optasse por um negócio com automóveis.
"A família tem uma afinidade muito grande com automóveis. Antes mesmo do Ayrton ser piloto, meu pai teve negócios nessa área", afirma Leonardo Senna, que deixou uma empresa de informática para trabalhar nas empresas da família, cuidando do marketing da Senna Import.
Dúvida no início
O contrato com a Audi foi firmado poucos dias antes da morte de Ayrton, no dia 1º de maio de 94. Leonardo lembra que, na época, muita gente duvidou que a Senna Import pudesse dar certo sem o respaldo de Ayrton.
Leonardo lista uma série de dados para mostrar que a Senna Import está apresentando uma performance de campeã.
Além da conquista de uma fatia expressiva no nicho de automóveis importados de luxo, ele cita a decisão da Audi de passar a vender seu novo modelo A3 no mercado brasileiro poucos meses após o lançamento na Europa. O A3 não foi ainda lançando em muitos países, a começar pelos EUA.
O público-alvo do novo modelo são consumidores mais jovens, com no máximo 30 ou 35 anos, mais interessados em esportes. Devem aumentar as vendas para mulheres, acredita Senna.

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