São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996
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Montado no mundo

DEBORAH GIANNINI

Turismo a cavalo ganho adeptos no Brasil e já é feito em 43 países
Conhecer as colinas da serra gaúcha, margear o rio Negro do Pantanal e até visitar os castelos da Bretanha, no norte da França. Tudo isso sobre a sela de um cavalo. Esses são alguns programas de agências de viagens especializadas no turismo equestre.
Com mais de 2.000 roteiros disponíveis nas mais diversas partes do planeta, a operadora alemã "Pferd und Reiter" vende viagens a cavalo em 43 países.
No Brasil, há pacotes para os Aparados da Serra (RS), Pantanal do Rio Negro (MS) e São Pedro (SP).
Não é preciso ter experiência para as viagens equestres curtas. Segundo o proprietário da agência Horseback, Paulo Hafner, 70% dos clientes nunca havia montado. "Seleciono o cavalo de acordo com a pessoa e, no primeiro dia, ela recebe instruções", diz Hafner.
Próprios para o passeio, os cavalos são da raça Crioula e têm de oito a 13 anos. O grupo de turistas chega a até 15 pessoas. "Temos saídas todos os fins-de-semana, mesmo que tenha apenas um inscrito", conta Hafner, que promove viagens para a serra gaúcha.
Segundo ele, com o cavalo, o caminho se torna importante e não o destino. Além de penetrar em matas fechadas, atravessar rios e sair da estrada, a viagem a cavalo aproxima o turista da fauna da região.
"A maneira mais correta de se conhecer o Pantanal é a cavalo, pois você não agride a natureza, mas interage com ela", diz o diretor da Verdes Eventos, Homero Diacópulos.
Aves, jacarés, capivaras e, se der sorte, até onça pintada podem ser vistos livres e de perto. "Os animais estão acostumados com a figura do homem a cavalo", explica Diacópulos.
Para viver dias tipicamente pantaneiros é necessário ter "espírito esportivo e alguma prática equestre", diz Diacópulos. No pacote de sete dias, além das seis horas diárias de cavalgada, há almoços na beira do rio, "com churrasco, cerveja gelada e uísque escocês", e, no último dia, após dormir no rancho, os turistas saem em comitiva com os peões da fazenda para tocar o gado.
Na Fazenda, sede da viagem, violeiros tocam à noite enquanto é servido o jantar. O programa completo custa de R$ 800 a R$ 1.000 por pessoa. A Verde Eventos também promove um fim-de-semana em São Pedro (210 Km a noroeste de São Paulo). O circuito de serras, rios e cachoeiras com almoço sempre no campo sai R$ 300.
Se você prefere a serra gaúcha, a Horseback oferece pacotes de até sete dias. O percurso mais longo (200 Km a cavalo) começa na praia de Torres e termina no topo da serra, a 1.000 m de altitude, em São Francisco de Paula. As pernoites são feitas em fazendas, pousadas e casas de colônia. O pacote completo sai R$ 1.100. O de dois dias completo, R$ 350.

ONDE ENCONTRAR:
Horseback. Tel. (051) 228-2373/982-9430. Verdes Eventos. Tel. 7295-8057/7295-8040
Pferd und Reiter. Tel.0049 40 607 1999 (Alemanha)

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