São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 1996
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Pitta quer deixar o PT sem discurso

XICO SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PPB, Celso Pitta, vai reforçar o tom social da sua campanha para tentar deixar o PT "sem discurso" na batalha pela Prefeitura de São Paulo.
Com esta estratégia, os assessores de Pitta e do prefeito Paulo Maluf (PPB) acreditam que podem eliminar o único diferencial que a candidata Luiza Erundina (PT) espera ter neste momento.
Em dois showmícios realizados ontem na zona norte da cidade, Pitta fez discursos na linha "resgate da cidadania" dos moradores.
Em eleições passadas, esse tipo de discurso, na avaliação dos aliados de Paulo Maluf, era uma espécie de "monopólio" da oratória dos candidatos do PT.
Os projetos da atual gestão malufista na prefeitura, como o Cingapura (habitação) e o "LeveLeite" (auxílio para estudantes da rede municipal), foram as atrações de ontem do discurso de Celso Pitta.
"O Cingapura deu casa para quem morava na favela e tinha rato na cama durante a noite", disse o candidato do PPB aos eleitores dos bairro da Freguesia do Ó.
Para embalar o seu discurso na linha "tudo pelo social", Pitta não tem esquecido, porém, de manter uma rica estrutura de campanha, com farta distribuição de bonés, camisetas e promoção de shows de grupos de samba e pagode.
Em entrevista, Pitta ironizou a posição do PSDB no segundo turno. "Já era esperado que ficasse na tradicional neutralidade ou em cima do muro", disse.
Sobre a pesquisa Datafolha (tem 57% contra 30% de Erundina), o pepebista usou um clichê típico de jogador de futebol: "Vejo o resultado com humildade".

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