São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 1996
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Petista põe Pitta sob suspeita

ANA MARIA MANDIM
DA REPORTAGEM LOCAL

Em visita organizada pela Força Sindical a porta de fábricas, ontem de manhã, Luiza Erundina colocou sob suspeita a gestão de Celso Pitta à frente da Secretaria Municipal de Finanças (1993-1996).
A operários da Dormer, em Interlagos (zona sul), disse que Pitta "não é a vestal intocável que parecia" e advertiu: "Cuidado, ele pode fazer uma surpresa".
Erundina afirmou que a isenção de ISS (Imposto Sobre Serviços) concedida por Pitta, quando secretário de Finanças, às empresas de outdoors representou prejuízo de R$ 80 milhões para a prefeitura.
"É dinheiro que poderia ter construído centenas de escolas, creches, unidades habitacionais."
A petista insinuou que ele teria se beneficiado da decisão: "Por que será que ele tantos outdoors?"
A candidata disse que o Banco Central deve à população esclarecimento sobre as operações feitas por Pitta com Letras do Tesouro Municipal "que deram prejuízo de R$ 1,7 milhão em um só dia".
Na Monark, afirmou que teria construído "muito mais do que Maluf" porque pagaria "o preço certo das obras e não superfaturado". Segundo ela, "se tivesse superfaturado uma só obra", sua campanha "não estaria hoje na penúria, até sem panfletos".
"Não tirei um centavo da prefeitura. Continuo morando no mesmo apartamentinho e não faço favor. Honestidade não é virtude, é obrigação, principalmente para quem tem mandato público."

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