São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 1996
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Camisa da Umbro será 'mico' para consumidor

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O consumidor que comprar hoje uma camisa oficial da seleção brasileira de futebol terá, dentro de três meses, um "mico" nas mãos, como uma ação que nada mais vale.
A camisa -amarela e verde, a principal, ou azul e branca, do segundo uniforme- será, em janeiro, peça de colecionador, modelito do passado, mercadoria depreciada.
O uniforme da seleção é produzido atualmente pela Umbro, criadora dos "designs".
O contrato da multinacional com a Confederação Brasileira de Futebol -US$ 1,5 milhão por ano- iria até a Copa do Mundo de 98, mas será rescindido pela entidade.
A CBF assinará com a Nike, num dos maiores contratos de uma empresa de material esportivo da história, e mudará o visual dos uniformes.
Em dez anos, a entidade receberá US$ 200 milhões. Nos primeiros anos, embolsará menos do que a média de US$ 20 milhões. Nos últimos, mais.
A Nike vai pagar US$ 10 milhões de multa pela rescisão contratual. O acordo será anunciado em janeiro.
Nike e CBF não divulgaram a união até agora com medo de um processo da Umbro, que teme um encalhe de milhares de camisas quando o público souber da troca de fornecedor.
Por isso, a comunicação da ruptura só ocorrerá depois que a rescisão estiver paga.
Quem perde com isso são os torcedores que, ao adquirir uma camisa da seleção, não sabem que o prazo de validade do modelo se esgota.
O "design" das camisas, com escudos da CBF em degradê laranja, no uniforme número um, foi criado pela Umbro em 1994, quando foram vendidas mais de 600 mil unidades.
O contrato da CBF com a Nike assegura US$ 200 milhões como pagamento mínimo.
A entidade terá participação nos produtos que a Nike venderá em dezenas de países, apresentando a seleção brasileira como o "dream team" (time dos sonhos) do futebol.
Até um CD-ROM com a história da equipe será produzido. Antes, já estará nas lojas o novo modelo do uniforme da seleção de Zagallo, desenhado pelos estilistas da Nike.
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As memórias de Paulo Roberto Falcão, "Histórias da Bola", estarão já amanhã nas livrarias de Porto Alegre e, até novembro, nas de Rio, São Paulo e outros Estados.
Editado pela L&PM, o livro conta a trajetória do craque, hoje comentarista da Globo.
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Michel Assef, vice-presidente de relações externas do Flamengo, mantém a irritação com o presidente do clube, Kleber Leite, e o vice de futebol, Plínio Serpa Pinto.
Ao chegar sexta-feira ao aeroporto de São José do Rio Preto para o jogo com o Santos, Assef foi festejado por quatro travestis, contratados pelos seus pares de diretoria.
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"De braços abertos/ Sou o Rio de Janeiro/ 2004 é o sonho brasileiro". Eis o refrão do samba-enredo com que a Mangueira quer conquistar o Carnaval de 97, sobre a candidatura carioca aos Jogos de 2004.
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"Queremos jogador", gritavam os corintianos. "Podem levar todos os nossos", resmungou, no domingo, um são-paulino.

Matinas Suzuki Jr., que escreve às terças, quintas e sábados, está em férias

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