São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996 |
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Na lanterna
NELSON DE SÁ
Certo que cedo, mas estava lá. Certo que reforçando o malufismo, mas ninguém espera o contrário mesmo. Discutiam-se os motivos para a modorra na campanha. Um deles, claro, é que "não começou a TV". O maior dos motivos é que foi curioso. - Existe uma diferença muito grande entre o Pitta e a Erundina. Quando você tem o Corinthians e o Palmeiras, o jogo é um. Quando você tem Corinthians e Bragantino, o jogo fica diferente. Erundina está em baixa mesmo. Ser igualada, na Globo, ao lanterna Bragantino. * Jô Soares não lembrou de perguntar quem vai mandar, Pitta ou Paulo Maluf, ou Reynaldo de Barros, mas fechou a entrevista com a brincadeira de procurar o prefeito. - Estou vendo se tem o Paulo aqui atrás de você... Não tem... Quer dizer que você não é dublado mesmo. Risos do candidato, do público, sobretudo de Maluf, metros à frente. O prefeito nada falou, nem estava atrás de Pitta, mas fez o necessário. Surgiu quatro ou cinco vezes na platéia, em meio à entrevista, colando ainda um pouco mais a imagem do candidato à sua. É tudo o que Pitta precisa, para a vitória. Não ganhar vida própria. Estranha situação, em que um candidato leva se provar que é subserviente. Estranha situação, em que a estratégia da adversária, provar que ele é subserviente, ajuda em sua eleição. Dele, Pitta. * Eli Corrêa, uma das maiores audiências do rádio popular, bastião do malufismo, chegou à televisão, na CNT. Depois da condenação por apoiar Pitta, estreou afetando pluralismo. Ontem entrevistava Pinotti, pró-Erundina. Texto Anterior: Lei de Imprensa Próximo Texto: Em Campo Grande, eleitor reage a seguranças do PMDB e mata assessor Índice |
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